Meias antiderrapantes: escorrega, mas não cai

Quem não é apaixonado pelas meias com cheirinho inconfundível da Puket? A marca brasileira começou do desejo de dois irmãos em produzir meias: quem diria que um item de vestuário tão comum se tornaria tão colorido e cheio de informação de moda! Para saber o caminho que as famosas meias sapatilhas fazem até chegar aos seus pés, visitei uma das fábricas da marca, em São Paulo (SP) e acompanhei o processo de produção. Confira!

Qual é o seu número?

O seu pode ser pequeno ou maior, mas o da Puket é enorme: por ano, são elaborados entre 450 e 500 novos modelos por coleção. São aproximadamente 1.200 modelos diferentes de meias por ano! Depois de reunir referências, as responsáveis pelo departamento de estilo da marca elaboram o que elas chamam de pranchas, planos detalhados com as ideias de estampas, cores e modelos para a próxima coleção de meias. Nessas pranchas também são incluídas imagens dos modelos de coleções passadas, para não criar nada parecido com o que já foi feito.

Hora de desenhar

Essas informações são encaminhadas para a equipe de design da Puket, que se encarrega de desenvolver o desenho de cada nova meia. Em geral eles pensam na arte primeiro no papel e depois transferem e dão acabamento à imagem no computador. A estampa é aprovada pela gerência de estilo e aí segue seu caminho para se transformar em meia.

Ligue os pontos

O layout criado pelos designers segue para um novo time de profissionais, que adapta a arte aos pontos, em uma imagem que será decodificada pelas máquinas na fábrica. É um trabalho bastante minucioso, que exige cuidado e paciência.

Mais cor, por favor!

A cartela de cores é bem extensa: a cada coleção, são desenvolvidas pelo menos duas novas cores para deixar o acervo ainda mais completo. A empresa conta com uma especialista em cores, que, a partir do momento que as estampas são aprovadas, determina quais cores vão dar vida às meias.

Fábrica da Puket em São Paulo (SP) (Foto: Leonardo Montanher)

A máquina de fazer meias

Quando o desenho passa para o departamento de Engenharia e chega às máquinas, a mágica começa a acontecer. A fábrica está cheia delas, cada uma produzindo um tipo diferente de meias. Existem inclusive máquinas Rumi, importadas da Itália, que produzem especificamente meias esportivas, com detalhes de tecido e acabamento bem mais sofisticados e tecnológicos. Nossa sapatilha vai nas máquinas normais; de fora, você consegue ver os novelos de fios mostrando as cores que estarão na meia. Ela já sai da máquina com a estampa prontinha.

Corte e costura

Em seguida, as meias vão para as costureiras, que arrematam os produtos na máquina, mas realizam os últimos ajustes manualmente. Um grupo de funcionárias com mais anos de experiência – e olhar mais crítico – é responsável pelo controle de qualidade. Sabe aquele fiozinho que poderia enroscar no pé das crianças, mas não está lá? Foram elas que tiraram.

Aplicação de antiderrapante nas meias da Puket (Foto: Leonardo Montanher)

Não escorrega, nem cai

A sapatilha tem uma tira que deixa a meia bem presa ao pé, mas, mesmo assim, a aplicação do antiderrapante é fundamental. Ela também é feita manualmente, e existe em diversas estampas, para combinar com as meias: flores, corações, teias de aranha e até flocos de neve para as meias de Frozen! Quer saber um segredo? É o antiderrapante que dá aos produtos da Puket aquele cheirinho inconfundível.

Pronta para você!

Depois de todo esse processo, as meias são embaladas e enviadas para as lojas. Prontos para escolher suas estampas favoritas?

Matéria publicada na revista Pais&Filhos Moda (ano 7, nº 14, 2016). Abaixo, um registro da minha visita à fábrica da Puket – foi muito divertido e interessante!

Foto: Leonardo Montanher

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